CTO da Insilicall, Rodolpho Braga, participa junto a pesquisadores no desenvolvimento de  larvicidas ecossustentáveis contra Aedes aegypti por meio da inteligência artificial.

A busca por novos inseticidas para o controle de populações de Aedes aegypti está se tornando um desafio. Esta espécie vem demonstrado resistência aos atualmente disponíveis no mercado fazendo surgir uma demanda por novos produtos. A. aegypti é o vetor viral conhecido por disseminar arboviroses como dengue, zika, chikungunya e febre amarela do ciclo urbano. E exceto pelo controle vetorial, apenas a febre amarela possui vacina para controle de transmissão.

O projeto atuará na busca por compostos mais eficientes, seguros, ecossustentáveis e menos tóxicos utilizando técnicas combinadas de inteligência artificial e ensaios experimentais.

Me motiva trabalhar em projetos que visam a saúde pública, em especial com o A. aegypti, vetor de diversas doenças e merecedor de atenção. As soluções da InsilicAll auxiliam as indústrias farmacêuticas na área de toxicologia regulatória para atender as exigências da Anvisa referentes a segurança de impurezas e produtos de degradação em medicamentos e IFAs. Também atua no setor de P&D de novos produtos, com foco em estratégias de reposicionamento de medicamentos. O objetivo é agregar nosso background científico e tecnológico para o sucesso deste projeto.

A pesquisa prosseguirá nas seguintes etapas:

 1. Desenvolvimento, alimentação e treinamento da IA com dados disponíveis da literatura. Essa fase busca otimizar o tempo e trazer informações mais assertivas quanto aos compostos a passarem para os ensaios clínicos.

2. Experimentação em Aedes aegypti, verificando a eficácia do composto.

3. Experimentação em organismo terrestre, no qual o modelo animal será a minhoca; e organismos aquáticos, tendo como modelo algas, microcrustáceos e embriões de peixes (método zebrafish). De forma a verificar o potencial toxicológico do composto em outras espécies e seu comportamento na cadeia alimentar.

Sobre o Aedes aegypti

 O início do ciclo das arboviroses acontece quando os mosquitos fêmeas são infectados e sugam sangue de um indivíduo doente, após alguns dias o vírus passa a estar disponível em suas glândulas salivares e o mosquito se torna infectivo.

Uma fêmea infectada, com média de 100 ovos por postura, pode gerar até 60% de larvas já infectadas pelo vírus, por um processo chamado transmissão transovariana. A fêmea ainda chega a fazer de 5 a 6 posturas durante sua vida, que dura cerca de 30 dias. 

Segundo o Prof. Dr. Bruno Neves, o ovo pode sobreviver até 450 dias caso o local da postura fique seco, caso posteriormente seja depositado água, o ovo volta a ficar ativo e o desenvolvimento do mosquito continua, assim como a transmissibilidade da doença.

Conheça a equipe do projeto e o que é o PPSUS

 O projeto foi submetido ao programa de gestão compartilhada em saúde (PPSUS), o programa é uma parceria da Fapeg com o Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit) da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Foi investido o valor de R$ 126.230,00 que deverá ser distribuído entre bolsas de iniciação científica e mestrado; custeio de materiais de consumo como reagentes e insumos; e compra de equipamentos.

O laboratório sede da pesquisa é o Laboratório de Planejamento de Fármacos e Modelagem Molecular (LabMol), na Faculdade de Farmácia da UFG. Outros laboratórios também participam da pesquisa, responsáveis por ensaios e estudos específicos.

No LabMol, a pesquisa é coordenada pelo Prof. Dr. Bruno Junior Neves. Em sua equipe estão a Profa. Dra. Carolina Horta Andrade (LabMol), Dr. Rodolpho de Campos Braga (CTO da InsilicAll e pesquisador associado), Dr. José Teófilo Moreira Filho (pesquisador), Dra. Joyce Villa Verde Bastos (pesquisadora), além de estudantes de doutorado, mestrado e iniciação científica. 

O Laboratórios de Interação Patógeno-Hospedeiro (LIPH), do Instituto de Ciência da UnB fará os ensaios em Aedes aegypti, coordenado pela Profa. Dra. Izabela Marques Dourado Bastos Charneau.

E o Laboratório de Pesquisa em Toxicologia Ambiental (EnvTox) da UFG realizarão os ensaios em organismos não alvo, a fim de verificar a segurança e reverberação do composto no ecossistema ao redor, coordenado pela Profa. Dra. Gisele Augusto Rodrigues.

Estima-se que em aproximadamente dois anos a pesquisa possa ter gerado resultados satisfatórios, validando o estudo e os compostos encontrados. Toda a equipe engajada no projeto está trabalhando para entregar em tempo recorde uma solução que possa levar mais segurança à sociedade no combate ao Aedes aegypti.

Sobre a InsilicAll

Somos a primeira empresa LATAM que empodera a indústria farmacêutica em seus desafios de drug discovery e em toxicologia regulatória aplicando IA e automação biológica. Com nosso modelo SaaS aumentamos a taxa de sucesso de nossos clientes levando medicamentos inovadores para os pacientes de forma mais rápida e garantindo a segurança toxicológica de sua produção. Nossa missão de entregar a melhor tecnologia com o menor impacto (ESG) nos permite garantir para nossos clientes a otimização de tempo, custos e experimentação animal em seus processos.

Trabalhamos para aumentar a taxa de sucesso em levar medicamentos inovadores para as necessidades dos pacientes, diminuindo o cronograma, os custos e o tempo para que um novo produto chegue à sociedade. Para isso, nossa empresa integra IA, computação e automação biológica para acelerar o design de novas moléculas e proteínas terapêuticas.